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VW Gol

  • 14/11/15
História VW Gol: De um início difícil ao título de carro mais vendido do Brasil em todos os tempos.
(foto: Gol 2008)
Por Daniel di Giorgio

O Gol é um dos carros compactos da VW no Brasil e também de alguns mercados de países em desenvolvimento. Em sua história desde que foi lançado, sempre teve a mesma configuração: hatchback de 2 volumes e que só ganhou versão de 4 portas apenas em 1998, já na segunda geração. O modelo originou uma família, contando com o sedan Voyage, a Station Wagon Parati e a picape Saveiro.

Quando surgiu, em 1980, o Gol já recebia uma missão das mais ingratas: fazer o brasileiro parar de comprar o Fusca, o carro nacional mais vendido de todos os tempos até então e que sempre esteve no coração do brasileiro graças a qualidades como robustez e mecânica simples e baixo custo de manutenção. Isso porque carros mais modernos, como o Fiat 147, começavam a roubar mercado da montadora alemã e a mesma tinha que se mexer antes que fosse tarde.

Com sua produção no Brasil na casa de 6 milhões de unidades (inclui exportações) resolvemos preparar esse texto para que você possa conhecer um pouco da história do modelo.

 

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Volkswagen Gol

  • 19/11/15
O bem sucedido Gol começou derrapando.
(foto: versão S 1980)

Em 1980, nascera no Brasil o carro que teve a missão mais importante da história da VW no Brasil: atrair os compradores do carro mais vendido do Brasil em todos os tempos, o VW Sedan (que só passou a ser oficialmente chamado pela VW de Fusca em 1984, mas iremos chamá-lo assim por todo o texto). Compartilhava com o antiquado "besouro" o fraco motor 1.3 "à ar" (essa denominação era errônea, pois infelizmente o motor era apenas refrigerado a ar e não movido pelo mesmo...) de carburação simples. E justamente o motor que tanto atraía as pessoas a comprarem o Fusca foi apontado como o principal motivo pelo fato do Gol ter encalhado nas concessionárias, como veremos adiante. O hatchback era vendido nas versões "standart" e S, essa com mais itens de série, alguns modernos para a época, como cinto de segurança de 3 pontos.

O motor, apesar de ser o mesmo 1,3 litro encontrado no Fusca, rendia 42cv ante os 38cv produzidos no "besouro", graças a menor vazão da turbina de arrefecimento pelo fato do motor ser instalado na dianteira e receber naturalmente boa refrigeração apenas pelo simples deslocamento do carro. Talvez por medo de falhar ao tentar atrair os consumidores fiéis ao Fusca ou mesmo por excesso de zelo no que diz respeito ao consumo de combustível, a VW manteve exatamente o mesmo motor deste ao invés de equipar o compacto pelo menos com o 1.6 de dupla carburação que a Brasília tinha desde 1976. Outra atitude excessivamente zelosa da montadora foi projetar o carro com a disposição longitudinal no trem de força, herança do seu distante parentesco com o Passat, que entrou em produção na Europa em 1974. Dentro da linha do próprio fabricante (não no mercado nacional) já existiam carros com trem de força disposto transversalmente e que apresentavam excelente robustez, como o Golf, um grande sucesso de vendas na Europa.

VW Gol
Linhas simples e bem resolvidas, o Gol era a aposta da VW para substituir o Fusca.
(foto: Gol S 1980)

O comportamento do Gol era notável para a época, pois o chassi permitia o contorno de curvas com muita segurança, o que fazia dos 42 cv desenvolvidos pelo motorainda mais decepcionantes. Ainda, os freios utilizavam duplo circuito em diagonal e discos na dianteira. Em relação aos concorrentes era uma clara evolução e compará-lo ao Fusca chegava a ser covardia. Mas andar bem que é bom, nada!

Foram vendidos 46.733 unidades do carro em 1980, longe do líder de vendas no Brasil naquele ano, o... Fusca.

 

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  Gol 1981
  • 08/01/16
Ainda tentando emplacar
(foto: Logo LS, nova versão do Gol para o ano)

Na tentativa de salvar o projeto, a equipe de engenheiros da VW teve que trabalhar com muita agilidade. E os apenas pequenos ajustes que normalmente são feitos em um carro recém lançado se transformaram em muitas mudanças para um modelo que nem bem havia completado um ano de vida. O primeiro passo foi o lançamento do motor movido a álcool, para combater o concorrente 147, da Fiat e aproveitar o "alento" de potência que a maior compressão de um motor a álcool permitia.

Outra mudança envolvia as versões do modelo. A "S" substituía a "standart" (sem nomeclatura) e passava a ser a básica do compacto, mas sem grandes adições em itens de série ou opcionais. Para o topo da linha, foi lançada a versão LS. Porém, a mudança mais importante foi a troca do raquítico motor 1.3 de carburação simples e 42 cv pelo 1.6 (ainda refrigerado a ar) de dupla carburação e 56 cv quando movido a gasolina. Essa alteração era extremamente positiva para o modelo, mas acabou gerando um problema: a diminuição do espaço no porta-malas. Mas compensava no fim das contas, tanto para a empresa quanto para seus clientes. Isso acontecia porque o novo motor tinha bloco e carburador maiores, obrigando o estepe a migrar do "cofre" do motor para o porta-malas, roubando-lhe muito espaço. Alguns meses depois, a VW percebeu que se passasse a montar o estepe de maneira invertida ao qual era montado a época do motor 1.3, o mesmo caberia no cofre do motor novamente e com isso o espaço foi "devolvido" ao porta-malas. Diz a lenda que a ideia partiu de um cliente da marca, mas o que interessa é que veio a calhar.

Volkswage Gol
Inverteram o estepe e ele voltou a ficar sob o capô.

Como é possível perceber, 1981 foi um ano bastante agitado e de mudanças significativas na linha VW por conta do Gol. O compacto começava a originar novos modelos daquela que era chamada "família BX". Para substituir a Brasília nasceu o sedan Voyage que, apesar de ser um Gol com 3 volumes, vinha equipado com motor 1.5 "a água" (novamente falamos em refrigeração, obviamente) do Passat, com 65 cv, além de frente mais atraente que a do hatch que lhe deu origem ao utilizar os piscas ao lado dos faróis, ao passo em que o Gol os utilizava nas extremidades do pára-choques dianteiro. Os faróis também eram diferentes dos que equipavam o hatch (maiores) e suas versões abrangiam, além das S e LS do Gol, uma mais requintada, denominada GLS.

Voyage
O sedã Voyage batia de frente com o Chevrolet Chevette e com as versões básicas do Ford Corcel.

Boa parte dos itens que diferenciavam o Gol do Voyage eram bons indicativos do que estava por vir ao hatch, principalmente por que as vendas do mesmo não emplacaram nem com o "novo" motor 1.6 a ar: As vendas do carro acabaram caindo em relação ao ano de lançamento e apenas 38.595 unidades do Gol saíram das concessionárias.

 

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